NO MUNDO DA ADMINISTRAÇÃO

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ADMINISTRAÇÃO

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Contexto Histórico e Surgimento do Empreendedorismo / Processo Empreendedor / Mortalidade Empresarial / Empreendedorismo e Desenvolvimento Econômico

CONTEXTO HISTÓRICO E SURGIMENTO
DO EMPREENDEDORISMO

           
            Um exemplo inicial da primeira definição de empreendedor como “intermediário” é o de Marco Polo, que tentou estabelecer rotas comerciais para o Extremo Oriente.

         
Contexto Histórico

ANO
EMPREENDEDOR
       CAPITALISTA

ANO - 1254

O empreendedor corria os riscos físicos e emocionais
O capitalista corria o risco financeiro

IDADE MÉDIA

O empreendedor não corria riscos nos projetos, pois era financiado pelo governo




SÉCULO XVII

Nessa época o empreendedor passou a correr muito mais risco, pois assinava acordos contratuais com o governo com valores fixos.



SÉCULO XVIII


Nessa época a pessoa com capital ≠ da pessoa que precisa de capital. A causa para tal diferenciação era a industrialização.




SÉCULO XIX E XX
Nessa época não se distinguia empreendedores de gerentes, e aqueles eram vistos a partir de uma perspectiva econômica.




            A definição de empreendedor evoluiu no decorrer do tempo, à medida que a estrutura econômica mundial mudava e tornava-se mais complexa.
            Os riscos as inovações e a criação de riquezas são exemplos dos critérios desenvolvidos à medida que evoluía o estudo da criação de novos negócios.  

FONTE: Empreendedorismo / Robert D. Hisrich, Michael P. Peters, Dean A. Shepherd (2009).


PROCESSO EMPREENDEDOR

            Processo Empreendedor – O processo de buscar um novo empreendimento, seja introduzir novos produtos em mercados existentes, de produtos existentes em novos mercados, e / ou a criação de uma nova organização.
            A busca de um novo empreendimento está incorporada ao processo de empreender, que envolve mais do que a simples solução de problemas em uma posição administrativa típica, um empreendedor precisa encontrar, avaliar e desenvolver uma oportunidade, superando as forças que resistem a criação de algo novo. O processo tem quatro fases distintas:
1.     Identificação e avaliação da oportunidade
2.    Desenvolvimento do plano de negocio
3.    Determinação dos recursos necessários
4.    Administração da empresa resultante

            Embora essas fases ocorram progressivamente, nenhuma é tratada de forma isolada ou está totalmente concluída antes de ocorrer o trabalho nas outras fases. Por exemplo, para identificar e avaliar bem uma oportunidade (fase 01), o empreendedor deve ter em mente o tipo de negócio desejado (fase 04).

FONTE: Empreendedorismo / Robert D. Hisrich, Michael P. Peters, Dean A. Shepherd (2009).

MORTALIDADE EMPRESARIAL

           Em uma era de globalização e de crescente competitividade, para ser bem sucedida e diferenciar-se em meio a uma concorrência cada vez mais acirrada, uma empresa precisa ser eficiente em todos os seus aspectos de gestão. Nesta perspectiva, englobam-se aspectos como: administração, recursos pessoais, finanças, mercado e produção. Para tanto, faz-se necessária a adoção de instrumentos, como um planejamento de longo prazo, onde a organização mantenha um fluxo de caixa equilibrado, rentabilidade, baixo grau de inadimplência, controle de despesas, capacidade de negociar, atenção aos clientes, clima organizacional harmonioso, entre outras coisas.    Assim, a empresa estará visando sobreviver no mercado, pois ninguém abre um negócio pensando em fechá-lo após um breve funcionamento. Para o tempo, dinheiro e esforços investidos são esperados, posteriormente, retornos satisfatórios. Para que a empresa se mantenha em operação e com bons resultados é necessário que exista empreendedorismo como característica no empresário. Segundo Lacombe (2004, p. 128) empreendedora é a “pessoa que percebe oportunidades de oferecer no mercado novos produtos, serviços e processos e tem coragem para assumir riscos e habilidades para aproveitar as oportunidades”. Pesquisa anual da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) , quanto aos índices de empreendedorismo no Brasil, revela que a taxa de empreendedorismo no país caiu de 21,4%, em 2000, para 12,9%, em 2003, chegando aos 11,3% em 2005, situando-se na sétima colocação entre os participantes do GEM. Entretanto, como a média mundial é de 8,8%, o Brasil ainda apresenta níveis elevados na atividade , mostrando que o país é um dos mais empreendedores do mundo. Por outro lado, Gerber (2004) afirma que o empreendedorismo é um mito. Há uma crença de que as pequenas empresas são abertas por empreendedores, quando, na verdade, a maioria não é. De cada 100 empresas abertas no país apenas 20 comemoram o segundo ano de vida (BORDIN, 2005). O Brasil é um país de grandes contrastes. A cada ano milhares de pessoas abrem seu próprio negócio ; os motivos são os mais variados, um dos mais comuns é a vontade de trabalhar por conta, sem patrão.             Muitas dessas pessoas sempre trabalharam com a parte operacional de produção e manufatura do negócio, e na hora de abrir uma empresa podem esquecer de que sua experiência é apenas técnica. Como exemplo: uma pessoa que trabalha em uma padaria e sabe fazer bolos e pães. Esse indivíduo conhece muito bem a técnica de como fazer, porém pode não saber administrar um negócio. Produzir é algo específico e em uma empresa é preciso saber pensar o todo da organização. No Brasil acontece bastante isto, milhares de empresas são abertas anualmente, e seus fundadores, por isto, são rotulados de empreendedores. Mas muitas destas acabam em curto espaço de tempo (até cinco anos) fechando, conforme apontado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em pesquisa realizada no ano de 2004, que apresenta as taxas de mortalidade empresarial. A partir disso questiona-se: Onde está o empreendedor que abriu o negócio? Em nosso país usa-se muito a palavra empreendedorismo, como sinônimo de quem abre uma empresa, mas seria este um verdadeiro empreendedor? Na perspectiva de Vieira (2006, p.49) “ostentar rótulos de ‘país mais empreendedor’ trata-se apenas de um auto-engano, quando se tem ainda muito por fazer”. A priori, o empreendedor tem certas características peculiares, que fazem muita diferença no andamento de um negócio. Supõe-se que se uma pessoa deixar a empresa falir, ela não é empreendedora. Na abertura do seu negócio ela foi rotulada erroneamente como tal (GERBER, 2004). Nos últimos tempos grande quantidade de “empresários” luta contra um inimigo comum: a falência. A partir disso questiona-se: Como o empreendedorismo pode ser um diferencial para uma empresa ser bem sucedida? Considerando os cenários atuais onde as organizações estão inseridas, é justificável essa questão, pois sabe-se que nosso país possui uma cultura empresarial forjada, onde uma pessoa com dinheiro no bolso e uma idéia na cabeça julga-se apto a abrir seu negócio.     Tempos depois a empresa fecha as portas e nem mesmo o empresário sabe ao certo o que ocorreu. A relevância desse estudo estende-se ao viés social. O fechamento de qualquer empresa reflete negativamente em toda a sociedade, seja de forma direta, através das demissões e conseqüente desemprego que acaba por diminuir a qualidade de vida familiar de seus ex-funcionários, seja de forma indireta, afetando fornecedores e clientes. Sabe-se o quanto é traumático o fechamento de uma empresa e o quanto interfere na economia local, por isso a importância de se pesquisar sobre isso. Apesar de muitas serem as causas da mortalidade empresarial, a principal delas acaba sendo quase sempre o erro humano.
             Manter empresas vivas e saudáveis tornou-se, nos dia de hoje, um dos maiores desafios de qualquer empresário, visto que através delas é gerada grande parte das riquezas e bem-estar social. Por isso a importância de dar incentivo ao empreendedorismo.

           FONTE:http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/empreendedorismo-e-mortalidade-empresarial/14044/


EMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

            O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o aumento da produção e de renda per capita; envolve iniciar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade. Tais mudanças são acompanhadas pelo crescimento e por maior produção, o que permite que mais riquezas seja dividida pelos vários participantes. O que facilita em uma área a mudança e o desenvolvimento necessários? Uma teoria de crescimento econômico coloca a inovação como o fator mais importante, não só no desenvolvimento de novos produtos (ou serviços) para o mercado, como também no estímulo ao interesse em investir nos novos empreendimentos que estão sendo criados. Esse novo investimento funciona na demanda e na oferta, ou seja, em ambos os lados da equação de crescimento; o novo capital criado expande a capacidade de crescimento (lado da oferta), e os novos gastos resultante utilizam a nova capacidade e a produção (lado da demanda).

FONTE: Empreendedorismo / Robert D. Hisrich, Michael P. Peters, Dean A. Shepherd (2009).



EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

            O Empreendedorismo no Brasil
           Segundo Dornelas (2001), o empreendedorismo ganhou força no Brasil somente a partir da década 1990, com a abertura da economia que propiciou a criação de entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software). Antes desse momento o termo empreendedor era praticamente desconhecido e a criação de pequenas empresas era limitada,em função do ambiente político e econômico nada propício do país. Porém, não significa que não existiram empreendedores, deve-se salientar que muitos visionários atuaram em um cenário obscuro, deram tudo de si, mesmo sem conhecerem formalmente finanças, marketing, organização e outros conteúdos da área empresarial, a exemplo, o célebre industrial Francisco Matarazzo, e tantos outros que contribuíram para o desenvolvimento da economia do país.
            Apesar do pouco tempo, o Brasil apresenta ações que visam desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo e potencializa o país perante o mundo nesse milênio. Dornelas (2001, p. 25 e 26) cita alguns exemplos:
1.    Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Software, Informação e Serviço), que apóiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina em universidades e a geração de novas empresas de software (start-ups).

2.            Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas EMPRETEC e Jovem Empreendedor do SEBRAE. E ainda o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, dirigido à capacitação de mais de 1 milhão de empreendedores em todo país e destinando recursos financeiros a esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões de reais.

3.    Diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com programa Engenheiro Empreendedor, que capacita alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-se também o programa REUNE, da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), de difusão do empreendedorismo nas escolas de ensino superior do país, presente em mais de duzentas instituições brasileiras.
4.    A recente explosão do movimento de criação de empresas de Internet no país, motivando o surgimento de entidades com o Instituto e-cobra, de apoio aos empreendedores das ponto.com (empresas baseadas em Internet), com cursos, palestras e até prêmios aos melhores planos de negócios de empresas Start-ups de Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores.
5.    Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram que em 2000, havia mais de 135 incubadoras de empresas no país, sem considerar as incubadoras de empresas de Internet, totalizando mais de 1.100 empresas incubadoras, que geram mais de 5.200 empregos diretos.

            Essas iniciativas são de suma importância para os empreendedores brasileiros que apesar dos percalços são fundamentais para a economia do país. No entanto, é necessário que ações governamentais resgatem o avanço proveniente da iniciativa privada e de entidades não-governamentais, valorizem a capacidade empreendedora dos brasileiros e solucionem os problemas apontados no relatório Global Monitor (GEM) - Monitor Global do Empreendedorismo, organizado pela Babson College, EUA, e London School of Business, Inglaterra, e realizado em 29 países, apontou os seguintes resultados para o Brasil em 2001 (BRITTO; WEVER, 2003, p.20 e 21):
·         O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreendedora: a cada 100 adultos, 14,2 são empreendedores, colocando-o em quinto lugar do mundo. No entanto, 41% deles estão envolvidos por necessidade e não por oportunidade;
·         As mulheres brasileiras são bastante empreendedoras: a produção é de 38%, a maior entre os 29 países participantes do levantamento;
·         A intervenção governamental possui duas facetas: tem diminuído, mas ainda se manifesta como um fardo burocrático;
·         A disponibilidade de capital no Brasil se ampliou. Mas muitos empreendedores brasileiros ainda percebem o capital como algo difícil e custoso de se obter. Para piorar, os programas de financiamento existentes não são bem divulgados;
·         A falta de tradição e o difícil acesso aos investimentos continuam a ser principais impedimentos à atividade empreendedora, o brasileiro não tem o hábito de fazer planos para o longo prazo, devido à conjuntura econômica do país. Nos países desenvolvidos, é perfeitamente comum o financiamento de imóveis, com planos que levam de dez a trinta anos para serem liquidados. Existe uma necessidade urgente de estimar as práticas de investimentos;
·         O tamanho do país e suas diversidades regionais exigem programas descentralizados. As diferenças regionais de cultura e infra-estrutura também exigem uma abordagem localizada do capital de investimento e dos programas de treinamento;
·         Infra-estrutura precária e pouca disponibilidade de mão-de-obra qualificada têm impedido a proliferação de programas de incubação de novos negócios fora os centros urbanos;

·         O ambiente político e econômico tem aumentado o nível de risco e incerteza sobre a estabilidade e o crescimento. Sobreviver em uma economia completamente instável é extremamente complicado, devemos ressaltar ainda, que no Brasil não existem políticas industriais concretas, as políticas aqui existentes giram em torno de subsídios e tarifas, políticas protecionistas são nocivas à economia, pois agindo desta forma, o país pode ser vítima de políticas intervencionistas por parte de outros países, o que dificulta as exportações. Contudo, a consolidação do capital de risco e o papel do Angel (“anjo”- investidor pessoa física) também estão se tornando realidade, motivando o estabelecimento de cenários otimistas para os próximos anos;
·         Existe uma necessidade de aprimoramento no sistema educacional como um todo o que estimulará a cultura empreendedora entre os jovens adultos;
·         Não há proteção legal dos direitos de propriedade intelectual, altos custos para registros de patentes no país e fora dele e parcos mecanismos de transferência tecnológica. As universidades ainda estão isoladas da comunidade de empreendedores.

            Portanto, percebe-se que o início da difusão do empreendedorismo no Brasil, nasce por conveniência do governo e sobrevivência de muitos trabalhadores que saíram das grandes estatais após o processo de privatização. A partir disso, o governo se propõe a fornecer subsídios, acima citados, para que os trabalhadores tivessem a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento e a geração de emprego no Brasil.
Fonte: http://www.novomilenio.br/foco/2/artigo/artigo_daniele.pdf

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

RESUMO: TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS E TEORIA DA BUROCRACIA

ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS

            A busca de uma maior eficiência nas empresas exigiu a reconsideração das relações e aspirações dos elementos humanos na organização.

            Os Pressupostos da Abordagem de Relações Humanas:

            As pesquisas de Elton Mayo propiciaram um cenário favorável à introdução de uma nova abordagem na solução dos problemas de administração, focalizada no processo de motivar os indivíduos para o atingimento das metas organizacionais. Para tanto alguns pressupostos sobre o comportamento humano precisavam ser aceitos pelos administradores:
·         Integração e comportamento sociais: o papel da integração grupal é primordial para o bem-estar psicoemocional dos trabalhadores. A administração  que busca a eficiência e o aumento da produção deve então atentar à conciliação dos objetivos empresariais com os interesses subjetivos dos trabalhadores, para obter os resultados desejados.
·         Participação nas decisões - a participação de cada um no processo decisório é fundamental, embora condicionada à situação e ao padrão de liderança adotado. A participação nas decisões, favorecida através de uma comunicação de baixo para cima, estimula a iniciativa dos funcionários e aumenta a produtividade empresarial.
·         Homem Social – o comportamento dos trabalhadores está condicionado não somente a aspectos biológicos mas também as normas e padrões sociais.
·         Conteúdo do trabalho – trabalhos simples e repetitivo são monótonos e negativos para a motivação do trabalhador e, conseqüentemente, para o nível da produção.

Considerações importantes acerca Abordagem Humanística

Da mesma forma que as teorias cientifica e clássica, a abordagem humanística foi alvo de veementes críticas. Mas vale lembrar que sua eclosão serviu de base para o desenvolvimento de escolas posteriores em estudos de gestão.
·         Negação do conflito entre empresa e trabalhadores – Como o reconhecimento do conflito entre os objetivos da empresa e os interesses dos trabalhadores implicaria na diferença das metas dos trabalhadores e da empresa, o movimento de relações humanas tenta resolvê-lo negando sua existência.
·         Restrição de variáveis e da amostra – a abordagem se restringiu a um número excessivamente pequeno de variáveis. Como resultado, a defesa de um  homem social, em oposição ao homem econômico dos clássicos, pecava por não considerar o meio social como apenas um dos fatores que influenciam o comportamento das pessoas na empresa.
·         Ênfase excessiva nos grupos informais – a influencia do grupo, além de ser limitada, representa apenas um dos fatores capazes de alterar o nível de produtividade dos trabalhadores.
·         Espionagem disfarçada – a crítica que se faz é que a abertura de um espaço para a expressão dos trabalhadores passou a ser uma forma da administração: espionar as idéias e insatisfações dos trabalhadores, inteirando-se previamente dos movimentos trabalhistas reivindicatórios.  
·         Ausência de novos critérios de gestão - A teoria das relações humanas pode ser criticada por não fornecer critérios efetivos de gestão, indicando de forma mais práticas o que deve ou não ser feito para se obter os melhores resultados empresariais.

            A análise constante dos fatores dos motivadores do trabalho, o estímulo a um comportamento favorável às mudanças exigidas pelo ambiente e à iniciativa dos funcionários são aspectos que não despercebidos por nenhum executivo que se considere em dia com as modernas propostas de gestão.
BUROCRACIA

            O modelo burocrático segue preceitos rígidos e disciplinadores para o desempenho eficaz do individuo e da organização. A instabilidade das emoções e os comportamentos aleatórios eram vistos como perniciosos ao bom desempenho empresarial. Assim, os pressupostos da teoria saíam em defesa de aspectos coerentes com a visão racionalista do ser humano.
                                               Burocracia é um modelo  

            Max Weber foi um dos fundadores da sociologia moderna.
            O modelo burocrático surgiu então como uma proposta de estrutura administrativa para organizações complexas, dotada de características próprias, eficiente na sociedade industrial emergente.
            Embora a expressão organização burocrática seja utilizada de modo depreciativo, para designar empresas complicadas no seu processo de trabalho e lentas no processo de decisão, a burocracia, de acordo com os princípios apresentados, mostrou-se uma forma adequada e muito aplicada        às organizações de todo tipo. A rigor o modelo burocrático facilita a atividade de supervisão do trabalhador, que de antemão já possui todas as informações necessárias sobre a sua tarefa e o comportamento desejado pela administração.

            Os princípios da burocracia defendem o cumprimento dos objetivos organizacionais de forma não apenas eficaz, mas eficiente.
            A eficácia – está relacionada ao cumprimento dos objetivos traçados e fazer as coisas certas.
            A eficiência – significa a melhor forma de atingi-los.
Fonte:
Livro : de taylor aos nossos dias...

RESUMOS: DA TEORIA CIENTÍFICA E TEORIA CLÁSSICA


RESUMO
TEORIA CIENTÍFICA
Taylor
            Grande parte das corporações mundiais que conhecemos hoje foi impulsionada ou transformada pela Revolução Industrial.
            Na virada do século XIX, Taylor desenvolveu estudos a respeito de técnicas de racionalização do trabalho do operário.
             A característica mais marcante do estudo de Taylor é a busca de uma organização científica do trabalho, enfatizando tempos e métodos e por isso é visto como o precursor da Teoria da Administração Científica.
            Taylor defendia os seguintes princípios:

·         Seleção Cientifica do Trabalhador – O trabalhador deve desempenhar a tarefa mais compatível com suas aptidões.

·         Tempo-padrão – O trabalhador deve atingir no mínimo a produção- padrão estabelecido pela gerência.

·         Plano de Incentivo salarial – A remuneração dos funcionários deve ser proporcional ao número de unidades produzidas.

·         Trabalho em conjunto – Os interesses dos funcionários (altos salários) e da administração (baixo custo de produção) podem ser conciliados, pois quando o trabalhador produz muito, sua remuneração aumenta e a produtividade da empresa também.

·         Gerentes Planejam Operários Executam – o planejamento deve ser de responsabilidade exclusiva da gerencia, enquanto a execução cabe aos operários e seus supervisores.

·         Divisão do Trabalho – Uma tarefa deve ser dividida no maior número possível de subtarefas. Quanto menor e mais simples a tarefa, maior será a habilidade do operário em executar a tarefa.

·         Supervisão – Também deve ser funcional, ou seja, especializada por área. A função básica do supervisor, como o próprio nome indica, é controlar o trabalho dos funcionários.

·         Ênfase na eficiência – Existe uma única maneira certa de executar uma tarefa (the Best way). Para descobrir-la, a administração deve empreender um estudo de tempos e métodos, decompondo os movimentos das tarefas executadas pelos tarabalhadores.

            Considerações acerca da administração Cientifica de Taylor

·         Enfoque mecanicista do ser humano – A visão da organização como uma máquina. A partir dessa concepção, cada funcionário é considerado uma mera engrenagem no corpo da empresa, tendo desrespeitada sua condição de ser humano.
·         Homo economicus – o incentivo monetário, apesar de importante, não se revela suficiente para promover a satisfação dos trabalhadores. O reconhecimento do trabalho, os incentivos morais e a auto – realização são aspectos fundamentais
·         Superespecialização do operário – com a fragmentação das tarefas, a qualificação do funcionário passa a ser supérflua. Ele passa a desenvolver tarefas cada vez mais repetitivas, monótonas e desarticuladas do processo como um todo.
·         Exploração dos empregados – A administração Cientifica legitima a exploração dos operários, em prol dos interesses patronais.


TEORIA CLÁSSICA
DE FAYOL

            Paralelamente aos estudos de Taylor, o engenheiro francês Henry Fayol defendia princípios semelhantes na Europa.
            Fayol relacionou quatorze princípios básicos, que podem ser estudados de forma complementar a de Taylor.

·         Divisão do Trabalho – a especialização dos funcionários, dos executivos da administração aos operários da fábrica, favorece a eficiência na produção, aumentando a produtividade.
·         Autoridade e Responsabilidade – autoridade é o direito dos superiores hierárquicos de dar ordens que serão supostamente obedecidas; responsabilidade é a contrapartida da autoridade.
·         Unidade de Direção – o controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para o grupos de atividades com os mesmos objetivos.
·         Unidade de Comando – um empregado deve receber ordens de apenas um supervisor, evitando contra-ordens.
·         Disciplina – necessidade de se estabelecer normas de conduta e de trabalho, válidas para todos os funcionários. A ausência de disciplina joga a organização no caos.
·         Prevalência dos interesses Gerais – os interesses gerais da corporação devem prevalecer sobre os interesses individuais.
·         Remuneração – deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da organização.
·         Centralização – as atividades cruciais da organização e a autoridade para a sua adoção devem ser centralizadas.
·         Hierarquia (cadeia Escalar) – defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando á risca uma linha de autoridade fixa.
·         Ordem – deve ser mantida em toda a organização, preservando um lugar para cada coisa (pessoa) e cada coisa (pessoa)em seu lugar.
·         Equidade – a justiça deve prevalecer também no ambiente de trabalho, justificando a lealdade e a devoção dos funcionários a empresa.
·         Estabilidade dos funcionários – a alta rotatividade do pessoal tem conseqüências negativas sobre o desempenho da organização e o moral dos trabalhadores.
·         Iniciativa – deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo.
·         Espírito de Corpo – (“Sprit de corps”) – O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro das equipes.Os componentes de um mesmo grupo precisam ter consciência consciências de classe, para com isso defender seus propósitos.

            Ao lado dos princípios gerais, Fayol enunciou as funções precípuas da gerência administrativa. O conjunto das funções administrativas forma o processo administrativo. São elas:

Planejar - significa estabelecer os objetivos da organização, especificando a forma como serão atingidos. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um plano de ações para atingir os objetivos traçados.
Comandar  - significa fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito.
Organizar - é a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma, segundo o planejamento traçado.
Controlar - o controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens ditadas.
Coordenar - a implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a organização (departamentos e pessoal), tendo em vista os objetivos traçados.

Considerações acerca da Teoria Clássica

            Obsessão pelo comando - Fayol centrou seus estudos na unidade do comando, na autoridade e na responsabilidade.
            A empresa como sistema fechado – outra crítica freqüentemente endereçada à administração clássica é que considerava a empresa como um sistema fechado.
            Não é raro encontrarmos a utilização indistinta dos termos administração cientifica e administração clássica. Entretanto, as diferenças entre as duas são patentes.

·         A administração cientifica surgiu no chão da fábrica. Conforme o próprio nome indica, preconizava a adoção de métodos racionais e padronizados, a máxima divisão de tarefas e o enfoque centrado na produção.
·         A administração clássica, que teve origem na alta administração, enfatiza a estrutura formal da organização e a adoção de princípios e funções administrativas necessárias a realização do trabalho.






FONTE:
Livro: de Tylor aos nossos dias...